Dralton Máquina

Dralton Bráulio das Neves Máquina

nasceu em Luanda, a 28 de Abril de 1993. Primogénito de pais então adolescentes, viveu a sua infância e adolescência entre a nu merosa família materna e paterna. Os

difíceis e conturbados anos da década de 90, passou os na baixa da cidade de Luanda, entre aulas, jogos de vídeo, futebol e brin cadeiras de rua, como outras crianças da sua idade. Revelava, desde logo, traços

de uma personalidade própria, inquieta, curiosa, generosa, original.

Foi já no início da idade adulta, numa altura particularmente difícil da sua vida pessoal, que a sua paixão pela fotografia s

e r evelou. Veio pela mão de um amigo, quase por acaso, mas instalou se como se

sempre lá estivesse. No grupo Plano B , Dralton e alguns amigos fizeram as primeiras experiências em fotografia, aproveitando as oportunidades que lhes

Em Dezembro de 2015, tem início a

III Trienal de Luanda , organizada pela Fundação Sindika Dokolo , que viria a trazer ao Palácio de Ferro, durante mais de um ano e meio, centenas de artistas das áreas

da música, teatro, artes plásticas e literatura, entre outras. Dralton Máquina ingressa no projecto logo no início e mantém se aí do primeiro ao último espectáculo . O Palácio de Ferro torna se a sua segunda

casa, e aí aprende as bases de tudo quanto sabe até hoje, ao longo de milhares de horas de gravações, de edições, de fotograf ia e elaboração de materiais de divulgação. É também no âmbito da Trienal de

Luanda que viaja até à Bienal de Veneza e ao Etimba Fest em Benguela.

Após o final da Trienal de Luanda, Dralton Máquina decide continuar a fotografar e lança

se como free lancer . Os anos de experiência na filmagem de eventos garantem lhe muitos contactos no meio artístico,

onde o seu trabalho é já reconhecido. Cantores de renome no panorama musical angolano, como Vladmiro Gonga , Jovens do Prenda ou Irina Vasconcelos , ou novos nomes como a banda Clington

Experiment , destacam se entre os espectáculos captados pela objectiva de Dralton Máquina. O jovem fotógrafo torna se também presença assídua nos eventos organizados pelo Goëthe Institut em

Angola, assim como pela Embaixada de Espanha, e muitos dos seus trabalhos aparecem publicados na secção de cultura do Jornal de Angola , pela mão do jornalista Analtino Santos.

Ao mesmo tempo, o seu lado filantrópico, associado a uma paixão de infância pelo desporto e ao gosto pelo trabalho com crianç

as, levam no a colaborar com a NARA Associação dos Amigos de

Reggae de Angola em várias edições da Maratona Dread e da Taça de Futebol Infantil Bob Marley , em várias províncias do

A personalidade original e curiosa de Dralton Máquina faz ainda com que saia da pura fotografia de eventos para explorar um p

ouc o mais a realidade à sua volta, dando largas ao seu talento artístico. Capta

rostos, natureza, paisagem urbana, e a tudo dá um toque muito próprio.

Segundo ele, o bom fotógrafo não se limita a fotografar a beleza das coisas, mas torna

as belas através da sua fotografia.